MPT e sindicatos lançam FÓRUM DE LIBERDADE SINDICAL DO PARANÁ

MPT e sindicatos lançam FÓRUM DE LIBERDADE SINDICAL DO PARANÁ

Representantes das centrais sindicais e do Ministério Público do Trabalho (MPT) lançaram, em Curitiba, o Fórum de Liberdade Sindical. O objetivo é estabelecer um espaço, permanente, para que as entidades possam dialogar e avançar na efetivação de uma efetiva liberdade para atuação de sindicatos no Paraná.

Cerca de 250 pessoas lotaram o auditório do MPT, entre dirigentes sindicais, presidentes de Centrais, advogados das assessorias jurídicas das entidades e integrantes do próprio Ministério. O procurador-geral do MPT no Brasil, Ronaldo Fleury, participou do lançamento e reforçou o compromisso da instituição, em âmbito federal, na defesa da liberdade sindical. Na avaliação do procurador, a retirada do custeio sindical é uma das faces mais perversas das práticas antissindicais impostas pela reforma trabalhista, em vigor desde novembro de 2017. “O que tentaram fazer foi enfraquecer a liberdade sindical, tirando a sua forma de custeio”, garante, referindo-se às mudanças na contribuição sindical. Para Fleury, isso é consequência de uma reforma que desconsiderou os interesses dos trabalhadores: “Somente as propostas dos empresários foram acolhidas pela Câmara dos Deputados”. “Cabe ao MPT criar o espaço e dar os instrumentos para que este debate [da liberdade sindical]seja feito”, reafirmou, elogiando a iniciativa do Fórum. O presidente do Senge-PR, Carlos Bittencourt, esteve presente na cerimônia e enalteceu a ampla unidade entre diferentes categorias de trabalhadores, em consonância com o MPT. “Nosso esforço permanente, enquanto representantes dos trabalhadores, é fortalecera ação conjunta das nossas entidades sindicais, sempre em diálogo com os órgãos que têm entre as suas atribuições a garantia da liberdade sindical, como é o caso do MPT. O ataque aos direitos já conquistados não tem precedentes na história do Brasil. Precisamos reagir com contundência”. As centrais sindicais também divulgaram, durante o lançamento do fórum, o “Manifesto do Fórum Estadual em Defesa da Liberdade Sindical”, com três eixos centrais para pautar a atuação deste espaço de discussão: negociações coletivas, combate a atos antissindicais e custeio das atividades. (Fonte: Senge-PR)

 

Fonte: Revista Fisenge Em Movimento, Ano 9, n. 24, jan/fev/mar, 2018